Assisti novamente à tomada de posse do 44º presidente dos EUA. O país tem uma democracia, para o bem e para o mal, absolutamente fascinante. Desde mecanismos únicos de democracia participativa com os congressistas, senadores ou ao nível estatal à capacidade de mobilizar a população em torno de ideais, conservadores ou progressistas, como aconteceu com Obama. O novo presidente não vai alcançar tudo o que esperam dele, porém algo vai mudar e já começou com Guantanamo. A curto prazo, a durabilidade da crise económica, principalmente, e a continuidade do conflito crónico na faixa de Gaza dependerão, em grande medida, das opções políticas de Obama.
Estou expectante em relação à tão propalada preferência pelo multilateralismo, apesar do conceito ser suficientemente lato. Julgo que assistiremos a uma espécie de détènte ainda mais criativa que não ponha em causa a evidente liderança do país na ordem mundial. Constatação que considera todas as esferas do poder e apesar da emergência de novas potências estatais, regionais ou potenciais coligações. Obama não provocará guerras preeemptivas ou preventivas, mas a necessidade de manter o papel de liderança dos EUA não ficou de fora do discurso de tomada de posse. Serão os isqueiros de Obama, made in China, vendidos nas ruas do país o primeiro sinal visível do seu multilateralismo?
Estou expectante em relação à tão propalada preferência pelo multilateralismo, apesar do conceito ser suficientemente lato. Julgo que assistiremos a uma espécie de détènte ainda mais criativa que não ponha em causa a evidente liderança do país na ordem mundial. Constatação que considera todas as esferas do poder e apesar da emergência de novas potências estatais, regionais ou potenciais coligações. Obama não provocará guerras preeemptivas ou preventivas, mas a necessidade de manter o papel de liderança dos EUA não ficou de fora do discurso de tomada de posse. Serão os isqueiros de Obama, made in China, vendidos nas ruas do país o primeiro sinal visível do seu multilateralismo?