15 de março de 2009

Apelo ao (não) voto

Os movimentos de professores aprovaram uma proposta de realização de um crachá a dizer "Sou professor não voto em Sócrates". Afinal, é ingénuo quem julga que os movimentos citados preferem gastar dinheiro em crachás ou debates sobre as justas reivindicações relativas à carreira docente. O seu dinheiro tem servido para pagar processos em tribunais para suspender leis aprovadas pela República, substituir-se a partidos e pagar crachás alusivos às legislativas, vender mensagens de tranquilidade para a Escola, como a ameaça de não avaliarem os alunos, etc.
Concordo com algumas reivindicações, mas os professores têm de perceber que a forma como as coisas vão acontecendo serão sinais de que estão a ser instrumentalizados para fins eleitorais.

3 comentários:

Joana Pinto disse...

Achei ridícula esta acção. aliás, muitas das acções dosprofessores, além de ridículas, são demagógicas e reveladoras do mísero estado em que se encontra o sistema de ensino em portugal.
À semelhança dos médicos, arquitectos, farmacêuticos, os professores não querem ver os seus feudos ameaçados. O que é certo é que vejo muita coragem nesta ministra em querer mudar alguma coisa.
Sou a favor, sim,da avaliação e dos exames aos professores já que o o ensino superior banalizou e formou iletrados com notas de Muito Bom! Professores, leiam-se por essa internet fora, que escrevem "Concelho de Docentes" ou "Enderesso electrónico".

Bruno Julião disse...

Tenho de admitir que fiquei surpreendido com a tua posição. Não esperava que fosses tão a favor das medidas que enunciaste. Eu não sou fanático, nem maniqueísta, mas a verdade é que já não suporto certo tipo de comportamentos por parte dos representantes dos professores... Beijos

Pudim disse...

Começa a ser muito difícil defender a posição nogueirística do "estamos contra tudo o que vier dali. Obviamente que a opinião pública perceberá que o corporativismo latente tem metas políticas que vão muito além da luta da classe. Que, diga-se em abono da verdade, começa a estar cada vez mais encurralada. A escola pública precisa de ser renovada urgentemente com outro tipo de mentalidades e de maneiras de agir. Não deve haver receio da parte do ministério em cortar a direito.