20 de outubro de 2008

Abstenção recorde

O livro começa por abordar o acto de votar. Estamos num certo dia das eleições para um certo parlamento, numa cidade imaginária. Secretários de uma junta eleitoral estão assustados com a possibilidade de haver uma enorme e inédita abstenção. Quase metade do dia já passou e os votantes são pouquíssimos. Mas, o espanto cede ao alívio quando os eleitores comparecem em massa no final do dia. A surpresa e o espanto ficam reservados para os resultados. Apenas 17% dos eleitores votaram em algum dos três partidos em disputa. Os outros 83% votaram em branco. Este sim um fenómeno inédito.

Fenómeno recorde também aconteceu nos Açores. Bom, não foram votos em branco, como os do Ensaio Sobre a Lucidez, mas 53% de abstenção nas eleições regionais dos Açores é uma coisa inadmissível. Não tem que haver leituras político-partidárias deste desinteresse, porque a vitória do PS é incontestável, mas acção para evitar este descalabro democrático. Temos de pensar no voto obrigatório, nem que seja para fazer com que o debate sobre esta matéria espicace os cidadãos a irem votar.

2 comentários:

Joana Pinto disse...

Concordo com a obrigatoriedade do voto. Foi uma conquista tão dolorosa e continuam a preferir praia e shopping's...

Joana Pinto disse...

Bom, o primeiro comentário terminou mal por culpa da minha insipiente destreza num novo teclado...
Bom, concluía eu com uma questão: de quem é a culpa, afinal?